sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Crônicas Saxônicas - Bernard Cornwell

Oi para todos, têm tempo que não escrevo nada por aqui.....

Ontem, vi no site oficial do Bernard Cornwell (www.BernardCornwell.net) a noticia de que vem ai o quinto livro da série Crônicas Saxônicas - "THE BURNING LAND", título em inglês (algo como A Terra Ardente). Além desta série, o autor também publicou "As crônicas de Arthur" e "A busca do Graal" e "As aventuras de Sharpe" além de vários outros livros, mas na minha opinião esta é a melhor.

A Série Crônicas Saxônicas se passa no século IX, período histórico em que os vikings invadiram a Inglaterra, focando principalmente na ascensão de Alfredo “O Grande”, rei que idealizou a unificação dos reinos anglo-saxões (Nortumbria, Ânglia Oriental, Mércia e Wessex) para a criação da Inglaterra. A história, assim como nas outras séries, é narrada por um personagem: Uthred de Bebbanburg, um guerreiro saxônico oriundo da aristocracia da Nortumbria que quando criança viu os vikings invadirem seu país e matarem seu pai. Como se isso já não bastasse ele foi seqüestrado e passou a viver como protegido de um dos líderes Vikings, Ragnar.

Todos os livros que li do autor tem como fundo uma época da história européia cheia de grandes batalhas, e as histórias são contadas por pessoas que viverama época. Os livros dele são ótimos.

Não tem como não ler.

Abraços.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Heróis e Vilões - Frank McLynn

Olá pessoal, há muito tempo não escrevo por aqui e nesse tempo alguns livros passaram pela minha cabeceira. Hoje vou falar do livro que estou lendo no momento, depois, com calma falo dos que li nos últimos meses.

Heróis e Vilões é um livro que trata da vida de seis grandes guerreiros da história (nas palavras do autor). São eles: Espártaco – o gladiador que deixou Roma de Joelhos; Átila, o Huno – o guerreiro mafioso; Ricardo Coração de Leão – o maior rei-guerreiro da Inglaterra; Cortez – o conquistador renegado; Tokugawa Ieyasu – o lendário Xogun do Japão, e Napoleão – o mestre tático e gênio militar. No momento estou na parte que fala de Tokugawa Ieyasu.

O livro faz, além da análise histórica, uma análise psicológica dos personagens, tentando mostrar não somente os ambientes nos quais suas histórias se desenrolaram, mas também os conflitos pelos quais os personagens passaram (em alguns casos, por falta de informação confiável, devem ter passado). As questões dúbias são apontadas pelo autor e suas opiniões são bem fundamentadas dando ao leitor uma segurança acerca das informações que recebe.

O único “porém” que vejo é a tradução que em alguns casos traz ao texto erros de português e de concordância que a obra não merecia. Não vou falar dos personagens, pois o livro e a internet estão à disposição de todos.

Minha opinião final? Leiam o livro.

Um Abraço a todos.

sábado, 21 de março de 2009

Shakespeare and Company - Uma livraria na Paris do entre-guerras - Sylvia Beach

"Shakespeare and Company - Uma livraria na Paris do entre-guerras" é um livrão. Não no tamanho mas no conteudo. O livro trata da primeira versão da livraria Shakespeare and Company, da qual já falei aqui quando escrevi sobre "Um livro por dia - Jeremy Spencer" e sobre o Sr. George Whitman.

A diferença entre os dois livros é brutal, e entre as duas versões da livraria também. As épocas eram outras, o publico das livrarias também. Se na segunda versão, descrita por Jeremy Spencer, a livraria é ocupada por escritores iniciantes ou velhos escritores sem teto, na primeira versão, de Sylvia Beach a livraria é praticamente a casa dos maiores escritores de lingua inglesa (apesar de na época também serem iniciantes). A S&C retratada por Jeremy Spencer é uma espécia de albergue literário já a S&C de Sylvia Beach é uma livraria inglesa que por uma única vez virou editora de livros (foi ela a responsável pela publicação de Ulysses de James Joyce, que é considerado uma das maiores Obras Primas da literatura inglesa).

O livro, uma auto-biografia da proprietaria da livraria, se confunde as vezes com uma biografia da livraria em si, já que a vida das duas parece ser uma coisa só. O livro é fenomenal e vale muito a pena por mostrar, além da historia da livraria, uma visão de Paris no período que vai do fim da primeira ao inicio da Segunda Grande Guerra.

Mostra também os devaneios de James Joyce antes, durante e depois da publicação de Ulysses. Um escritor perdulário que gastava tudo o que ganhava com os livros nos cafés parisienses e que, não fosse os esforços da escritora e de um grupo de amigos, teria morrido de fome em Paris.

Vale a pena ler. E ponto final.

Um Abraço a todos.

sábado, 10 de janeiro de 2009

O Viajante - Europa

Bom, primeiro vamos revelar uma mentira contada. Não estou lendo devidamente o livro O Guia Criantivo para o Viajante Independente na Europa. A Nanda está lendo. Pra quem não sabe a Fernanda é a mulher que eu amo e que divide os dias comigo...

Pois é, não tenho saco para guia de viagens mas é o que que tenho lido aos trancos e barrancos... além dos sites na internet sobre a Europa. Estamos de partida, ficaremos durante um mês e depois voltamos para casa. Mochila nas costas, passe de trem no bolso e seja o que Deus quiser!

Nesse tempo pretendo usar este espaço para contar histórias vividas e mandar informações para a família. Como não tenho muitos leitores, a coisa fica entre família mesmo.

A boa notícia pra que já visitou o blog antes é que vou conhecer a Shakespeare & Company. Pra quem não sabe o que é, leia os textos sobre o Sr. George Whitman. É sem dúvida um dos pontos mais esperados da viagem.

Bom, é isso. Depois volto a falar mais.

sábado, 25 de outubro de 2008

Blackwater

Pois é, queria ler este livro e como estou de cama em casa (processo pré-operatório) a Nanda me deu o livro.

Ele fala da Blackwater um empresa de "segurança particular", responsável pela segurança dos cívis americanos no Iraque. É isso ai, uma empresa americana que atua a partir de contratos com o governo americano em 9 países. Entre eles Iraque e Afeganistão. A empresa é hoje a maior instituição militar privada do mundo, composta por mercenários que não são cívis nem militares e que, nos paises onde atua, encontram-se acima das leis locais. Sempre protegidos pelas diretrizes "anti-terror" do governo americano.

O livro conta como a empresa cresceu vertiginosamente e hoje já possui mais de US$ 600.000.000,00 em contratos com o governo americano.

Depois falo mais pois ainda estou no início do livro.

Abraços.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Livro mais caro do mundo - 100.000 Euros

Pois é, o livro mais caro do mundo custa €100.000,00. Dinheiro pra cacete!

A notícia tá no Globo Online. Quem quiser ler, aqui vai o link.

Muito legal.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Rex Deus - Parte 1

A princípio achei que não fosse falar desse livro, não que ele não seja bom, muito pelo contrário. A questão é que o assunto é muito delicado, o livro trata de uma suposta linhagem de descendentes dos sumos sacerdotes do Templo de Israel. Famílias que hoje vivem em sua maioria na Europa e que trazem, de geração em geração a verdadeira história da Israel bíblica.

Até ai nada demais . Principalmente se pensarmos que, se os senhores do templo tiveram filhos, muito provavelmente seus descendentes ainda estão por ai. A questão é que a história destas famílias envolve assuntos obscuros que me fascinam: cavaleiros templários, maçonaria, santo graal, o casamento de Jesus com Maria Madalena, etc.

O livro é sério e os argumentos são bem fortes. Aconselho a todos que gostem destes assuntos e que um dia já se questionaram sobre as origens do cristianismo e principalmente da Igreja Católica. Não sou contra a Igreja, muito pelo contrário, fui criado em familia católica mas sempre fui muito questionador. Já quis ser padre mas acabei optando por sair da igreja sem prazo para retorno. Hoje acho que não tenho religião, leio muitas coisas e critico todas as coisas que leio.

Daí achar o livro muito bom, a linha de pesquisa dos autores e a forma como a coisa é contada revela algumas respostas que podem satisfazer as mentes que não acreditam na história como a Igreja conta. Cabe ressaltar que o livro não ataca em momento nenhum a figura de Jesus, apenas dá uma nova versão para uma história que é muito mal contada.

Não sei se volto a escrever sobre o REX DEUS, mas sem dúvida volto a ler... pela terceira vez.

Abraços.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

1968: O Ano que não terminou

Hoje não vou falar do livro que estou lendo. Não que não esteja gostando, na verdade estou relendo Rex DEUS já que não é o tipo de livro que se lê uma vez só.

Resolvi falar de 1968: O Ano que não terminou, de Zuenir Ventura. O livro é do cacete!!! Uma aula de história das boas. Começa no reveillon de 1967/1968 e termina no reveillon seguinte, e trata dos principais acontecimentos e enfrentamentos entre movimentos culturais e estudantis contra a ditadura. É o tipo de livro que acho que deveria ser usado quando estamos no segundo grau. Por que não discutir os temas das aulas de literatura em cima de um livro que narra tão bem um período obscuro da história do Brasil? Recomendo a todos.

Neste livro, a parte que mais me marcou é a que trata da morte, enterro e a missa de sétimo dia do estudante Édson Luis Lima Souto.

Tudo começou durante um enfrentamento comum entre os estudantes e a PM, que naquela época era realmente uma Polícia Militar. Aconteceu no antigo restaurante do Calabouço, no Rio de Janeiro, que nada mais era do que um "bandejão" estudantil. Como ocorria todos os dias, os estudantes preparavam-se para mais uma manifestação quando a PM chegou, pois acreditava que naquele dia os estudantes iriam apadrejar a embaixada americana. Durante o enfrentamento tiros foram dados e um tiro acertou o peito do estudante, matando-o na hora.

Logo depois de baleado, o estudante foi levado à Santa Casa de Misericórdia para evitar que a polícia sequestrasse o corpo (ainda hoje, se não existe corpo, não existe assassinato). Ao se comprovar a morte do rapaz, os estudantes ergueram o cadáver e seguiram até a Assembléia Estadual usando-o como aríete. Aqui cabe a transcrição do que foi dito por Elinor Brito, Presidente da Frente Unida dos Estudantes do Calabouço - FUEC:

- Eles queriam tomar o corpo da gente e impedir a entrada na assembléia. A gente disse: "Tá morto, a gente bate com a cabeça do Édson na barriga dos policiais e eles vão recuando." E eles foram dando pra trás.

Ao entrarem na Assembléia, a sessão que ocorria foi interrompida e os 55 deputados foram para o saguão da casa. Ao lá chegarem o então deputado Jamil Haddad, que era médico, tomou a frente da situação e comprovou a morte do estudante. Tentou-se então levar o corpo para o IML mas os estudantes negaram dizendo que se levassem o corpo não trariam de volta. Com base no argumento de que o ex-presidente Getúlio Vargas foi autopsiado fora do IML, o estudante foi autopsiado na Assembléia Legislativa e de lá, como queriam os estudantes, seguiu na tarde do dia seguinte para o cemitério São João Batista, em Botafogo.

A narrativa do cortejo funebre e do enterro são de arrepiar. A medida que ia anoitecendo, faltou luz nos bairros por onde o cortejo passou (aproximadamente seis quilômetros). A população então, começou a descer dos prédios e oferecer aos estudantes velas e lanternas. Milhares de pessoas acompanharam o cortejo junto a artistas e toda a imprensa do Rio. Os jornais do dia seguinte diziam que foi a maior homenagem póstuma desde Getúlio Vargas. Esta morte é tratada no livro como o divisor de águas num processo que culminou com a passeata dos cem mil, três meses depois.

Pra se ter uma idéia, o livro coloca que nos círculos políticos e militares já se dava como certa, por conta das consequencias da morte do estudante, a publicação de um novo ato institucional muito mais duro que os anteriores. Surgia neste momento o rascunho do AI-5, como Zuenir Ventura diz, "O golpe dentro do golpe".

Na véspera da missa de sétimo dia do estudante, uma chuva de comunicados surgia no Rio. Os militares diziam que os "inimigos da pátria" planejavam para depois da missa novas operações com o intuito de criar novos mártires e que por conta disso a população do Rio deveria proibir seus filhos de ir as ruas. Os estudantes por sua vez, através de FUEC, UNE, UME e outras uniões estudantis, lembravam a bravura do povo vietnamita que ia vencendo a luta contra os americanos. O clima era pesado.

Durante a missa na Candelária, o exército cercou a igreja, que era lotada por mais de seicentas pessoas, e como o autor coloca "...muitos enxugavam os olhos com lenços. " E quando você pensa: Comoção!, ele completa: "Imperceptíveis nuvens de gás lacrimogêneo haviam penetrado pelas frestas das portas e janelas durante a cerimônia". As Igreja da Candelária estava cercada pela Cavalaria do Exército, Fuzileiros Navais e pelo pessoal do DOPS, num contingente que somava cerca de dois mil soldados, além de quatro aviões da FAB, que sobrevoavam o local. Não tinha jeito, ia dar merda....

Por iniciativa dos padres que realizaram a missa, e com o intuito de evitar um massacre, uma procissão foi organizada. Cercados pelos cerca de quinze padres, o povo começou a sair da igreja em direção à Av. Rio Branco. No momento em que a procissão chegou ao cruzamento da Av. Presidente Vargas com Av. Rio Braco, deu de cara com a cavalaria e ouviu então a ordem de seu comandante: "Desembainhar !" (pra quem não sabe, a cavalaria da PM usava sabres como arma de controle de multidões e ainda hoje usa em datas especiais).

Pensei em parar por aqui pra tentar forçar os que leêm este post a ler o livro, mas isso é sacanagem..... Bom, ao dar de cara com a cavalaria, os padres ergueram os braços e disseram aos PMs que aquilo não era uma passeata. Daí, veio então a ordem do comandante de dispersar, mas com a condição de que as pessoas seguissem pelas calçadas e não pelas ruas, o que acabou acontecendo. É claro que houveram alguns casos de cavaleiros deitando o sarrafo nas pessoas que voltavam pra casa em outros pontos do centro, mas pelo menos alí, o pior não aconteceu.

Esta parte do livro é escrita em dois ou três capítulos, o livro todo é fantástico. Gosto muito deste trecho pela emoção que carrega. Fica aqui a dica, 1968: O Ano que não terminou é uma aula de história brasileira das melhores que se pode ter.

Pra quem quiser ler mais sobre a morte do estudante, clique aqui.

Abraços.

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Beijo no Asfalto

Uma perguntinha: Se fosse seu irmão, você deixaria Nelson Rodrigues cuidar de sua filhinha pequena enquanto você e sua esposa saem pra jantar? Vamos falar sério, o cara é o maior tarado que já existiu. Não é possível que todas essas histórias saiam de uma cabeça normal.

O livro que li é a versão graphic novel da Editora Nova Fronteira. Gosto muito desse conceito. Pra quem não conheçe, o termo "Graphic Novel" foi criado por Will Eisner com o intuito de trazer maior seriedade aos quadrinhos dirigidos ao público adulto. A idéia era contrastar com o termo "Comic Book" que dava uma conotação comica às histórias em quadrinhos. Bom, o termo se popularizou e agora, se é quadrinhos e não é voltado para o público adolescente/jovem virou Graphic Novel.

O livro, inicialmente lançado em 1961, conta a história de um cara casado que ao ver um homem ser atropelado e morrer, beija a boca do defunto. O fato então é utilizado por um jornalista e um delegado para vender jornal e dar fama ao policial. Mais uma vez Nelson Rodrigues destila seu veneno, trazendo a tona o que há de mais podre na nossa sociedade. Quando digo podre, não me refiro ao beijo, mas ao resto da história. A história é bem legal.

Nunca tinha lido nada do autor, já vi no teatro "A Serpente" e "Toda nudez será castigada". Como o que li não é um livro "normal", continuo considerando que não li nada. Minha noiva tem "Histórias da vida como ela é: Elas gostam de apanhar". Acho que vou ler pra tentar entender um pouco mais desse tarado tão amado pelos críticos.

Pelo pouco que li e vi, não acho que seja um "anjo pornográfico" como dizem. Tá mais para capeta disfarçado....

Abraços.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Protonotário

Estou feliz, além de mim e de minha noiva mais uma pessoa acessou o blog, o Emerson.

Aliás, duplamente feliz, além do acesso trouxe a resposta para o significado dessa palavra. Lá vai:
  • "Protonotário" -- ou, mais propriamente, "protonotário apostólico" -- é o título dado aos membros da Cúria Romana (em geral, cardeais) responsáveis por receber e expedir as encíclicas papais.
Valeu Emerson!!